Nem todos os espermatozoides do sêmen são móveis
A motilidade dos espermatozoides é um dos parâmetros mais importantes para a análise seminal e, consequentemente, na determinação da fertilidade masculina, pois somente espermatozoides móveis são capazes de “nadar” pelo muco cervical, migrar pelo sistema reprodutor feminino, penetrar o óvulo e realizar a fertilização.
No espermograma, um dos exames que mais realizamos aqui no Lab Saúde Reprodutiva, esse parâmetro é analisado com o auxílio de uma câmara de contagem com microscopia de fase aumentada 200 vezes.
Segundo a OMS, existem 3 classificações para a motilidade dos espermatozoides:
- Progressivos – Espermatozoides móveis com progressão rápida ou lenta;
- Não Progressivos – Espermatozoides móveis sem progressão;
- Imóveis – Espermatozoides imóveis.
Segundo a OMS, o valor normal de referência é acima de 32% de espermatozoides progressivos na amostra.
Espermatozoides imóveis não necessariamente estão mortos. Quando o paciente apresenta uma porcentagem elevada de espermatozoides IMÓVEIS realizamos o teste da vitalidade, que avalia quantos destes espermatozoides imóveis estão vivos.
Com um diagnóstico deste, o casal deverá buscar ajuda de especialistas em Reprodução Humana Assistida. Nesses casos, a equipe do laboratório de embriologia será capaz de selecionar o melhor espermatozoide para injetar no ovulo, mesmo que ele esteja imóvel.
E como isso é possível?
Com a análise do teste de vitalidade dentro dos parâmetros de normalidade, a seleção do gameta para a técnica de ICSI é realizada por uma embriologista com o auxilio de uma agulha muito fina . O espermatozoide escolhido, apesar de imóvel, deve apresentar uma cauda flexível, dessa maneira se faz a injeção desse espermatozoide no óvulo e acompanha-se a evolução do desenvolvimento do embrião.
As taxas de fertilização são menores quando comparamos com técnicas realizadas com espermatozoides móveis, mas ainda sim temos a esperança de conseguir um embrião para futura transferência para a mãe.
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